As voltas que a vida dá
Léia Sandra Nishino de Abreu celebra 40 anos na ABB. A Assistente Executiva – CHO, não imaginava a trajetória tão longa e repleta de experiências, estímulos e realizações que enchem de orgulho sua vida e formam seu legado. Vale conferir para se inspirar!
A jovem Léia sonhava conseguir uma colocação em uma instituição financeira. “Eu vislumbrava essa possibilidade porque admirava as moças que trabalhavam em bancos”, recorda. Porém, a primeira oportunidade de trabalho foi na área contábil em uma indústria de perfilados em São José do Rio Preto, situada próximo de sua cidade natal. Léia acabaria por deixar o emprego para se dedicar ao cursinho preparatório para cursar a faculdade de Administração de Empresas.
“Em 1981, em uma das voltas que a vida dá, minha família migrou para a cidade de Osasco, em São Paulo, onde minha irmã já morava. Foi então que, finalmente, realizei meu sonho. Fui contratada pelo antigo Banco Nacional que foi comprado pelo Unibanco e, posteriormente, pelo Itaú”, explica. Léia permaneceu por quase três anos no segmento bancário. O contato com clientes de diversas companhias começou a despertar o interesse pelo mundo fabril. “Quando eu estava para ser promovida, a vida deu mais uma de suas voltas e minha história na ABB começou. Fui contratada no final de 1984, no início da operação dos equipamentos eletromecânicos da hidrelétrica de Itaipu”.
Sem tédio
“Hoje, cada
business da ABB possui uma área de Qualidade, mas na época que eu iniciei, havia uma diretoria de Qualidade que olhava a empresa como um todo e foi nessa área que comecei”. Léia trabalhava no Recebimento de Material e auxiliava na coordenação da inspeção dos materiais nos fornecedores e documentação que compunha o Data book, um livro encaminhado para os clientes com os descritivos do projeto, entre eles, Itaipu. “Quando a usina foi concluída, a diretoria de Qualidade foi reestruturada e as pessoas foram distribuídas em várias áreas. Eu migrei para o segmento que, na época, era chamado de PG, na parte de geração de energia, fabricação de turbinas e geradores”.
Passados alguns anos, Léia conta que houve o desinvestimento deste segmento da empresa e, novamente, ocorreu um remanejamento de pessoas. “Foi aí que comecei a carreira de secretariado”. E complementa: “Viu por que mesmo estando há tanto tempo na mesma empresa minha trajetória não foi nada entediante?”
Léia se recorda da época que cada gerência tinha uma assistente. “Éramos muitas profissionais para dar conta do volume de documentos que precisavam ser redigidos, aprovados, enviados e arquivados”. Além disso, Léia ressalta as atribuições diárias como atendimento a clientes e fornecedores, ligações telefônicas, organização da área, recepção de visitantes e datilografia de cartas e documentos. “Tudo era muito manual. Por exemplo, para emitir passagens, primeiro era preciso fazer uma requisição em duas vias carbonadas, depois colher assinaturas físicas para, só depois, as passagens serem emitidas. Hoje, basta entrar em um sistema e, com alguns cliques, tudo está feito.”
Sorte ou capacidade?
Léia atribui a uma característica de sua geração a permanência prolongada em uma mesma empresa. “Temos mais capacidade de adaptação. Eu fui adquirindo os conhecimentos e habilidades necessários para progredir no tempo certo. Comecei como secretária – Português, passei para secretária Bilingue – Inglês, Assistente Executiva – Diretoria e, em 2013, cheguei aonde estou. Passei por todos os estágios para estar preparada para fazer o melhor trabalho possível”, celebra.
Do alto de quem vivenciou fusões, aquisições, recebeu pessoas de outras empresas e viu colegas se despedirem, Léia tem uma certeza: “Houve momentos de desconforto, de insegurança, mas a empresa sempre teve muito cuidado com as pessoas. Não foi possível manter todas, mas tudo foi feito com critério, respeito, empatia e profissionalismo.”
Léia conta que não imaginava celebrar 40 anos de ABB, mas garante que o desejo de ficar na empresa sempre existiu. “Não sei se foi sorte ou capacidade que me deram o privilégio de permanecer, sempre gostei do meu trabalho e me senti motivada, com condições de contribuir para a empresa. Aqui é possível deixar um legado bonito de trabalho, construção e realização. Basta querer. Eu vejo com alegria as voltas que a vida deu até me colocar nesta trajetória e tenho muito orgulho de fazer parte desta empresa.”