- Redução da pegada de carbono, hidrogênio verde e eletroquímica são as rotas de descarbonização do aço
- Texto destaca inovações para produzir aço descarbonizado no Brasil, China, Índia, Suécia e Estados Unidos
- Relatório da ABB explora a questão: Como será a jornada para uma indústria do aço livre de combustíveis fósseis?
Relatório recém-publicado pela ABB destaca a redução da pegada de carbono, o uso do hidrogênio verde e da eletroquímica como rotas prioritárias para descarbonizar a produção global de aço. O documento também traz avanços tecnológicos na área ocorridos no Brasil, na China, na Índia, Suécia e nos Estados Unidos, que lideram a descarbonização do setor, além de análises de empresas como SSAB, Tata Steel, Aperame, da Associação Americana de Tecnologias para Ferro e Aço e da própria ABB.
Intitulado “Como será a jornada para uma indústria do aço livre de combustíveis fósseis?”, o relatório discute desafios da descarbonização do aço em relação a custos, tecnologias de baixo carbono, acesso a hidrogênio, eletricidade limpa, minério de ferro de gradação superior e carvão e calcário de origem não fóssil.
A energia fóssil exerce papel central na cadeia produtiva do aço, classificada como um dos seis setores do mundo mais difíceis de descarbonizar. O segmento demanda 8 por cento da energia global, além de responder por entre 7 e 9 por cento do total de emissões de CO₂, a maior parte gerada pela queima de combustíveis fósseis, de acordo com diferentes fontes, entre elas o Roadmap da Tecnologia do Aço, da Agência Internacional de Energia.
Para cumprir a meta do Acordo de Paris das Nações Unidas, de limitar em 1,5 °C a elevação global da temperatura em relação à era pré-industrial, a indústria do aço deve se tornar neutra em emissões até 2050, impondo sobre si uma transformação radical e que ainda deve ocorrer num cenário de aumento da demanda mundial de aço em 30%, projetado para o mesmo ano. O relatório da ABB destaca que já existem inovações importantes para produzir aço livre de energia fóssil em cinco países, entre as quais destaca:
- a inovadora tecnologia de produção de ferro a partir de hidrogênio desenvolvida na Suécia pela SSAB, estatal metalúrgica com sede em Vattenfall, que usa hidrogênio, eletricidade limpa e minério de ferro de gradação superior extraído pela também estatal LKAB para produzir aço sem o uso de carvão em altos-fornos.
- a tecnologia de fundição de óxidos por eletrólise desenvolvida pela Boston Metal, nos Estados Unidos, que dispensa o carvão e, em vez dele, usa eletricidade de origem renovável e minério de ferro, para produzir aço liquefeito.
- o processo HIsarna, criado pela indiana Tata Steel, que usa minério de ferro em pó em vez de derivados convencionais na forma de coque, sinter e paletes minerais para produzir ferro gusa, processo capaz de reduzir emissões em até 20 por cento em comparação com o tradicional método de fundição em altos-fornos.
“A digitalização não só é essencial à colaboração entre instituições, como também à otimização do uso de recursos, da energia e para garantir a rastreabilidade necessária para que as empresas do setor cumpram suas metas de redução de emissões”, afirmou Shiva Sander Tavallaey, cientista sênior do Centro de Pesquisa Corporativa da ABB.
O relatório da ABB traz, ainda, recomendações para fabricantes de aço reduzirem emissões no curto e médio prazos, além de medidas para que fornecedores e parceiros contribuam com a descarbonização de toda cadeia.
“Fatores sociais, comerciais e regulatórios têm acelerado a descarbonização do aço”, disse Frederik Esterhuizen, gerente global de negócios de metais da ABB. “Enfrentar os desafios listados no relatório da ABB e eliminar a energia fóssil da fabricação de aço vai demandar soluções integradas, sofisticadas, além de um nível de colaboração sem precedentes em toda cadeia produtiva do aço.”
“Uma indústria do aço digital, autônoma, livre de energia fóssil é possível por meio de parcerias. A ABB tem buscado esse modelo de colaboração com diferentes agentes para integrar soluções de seu portfólio segundo as necessidades da indústria do aço. Iniciativas em todo mundo mostram que o setor está comprometido com um futuro sustentável, havendo avanços promissores. Com inovação e colaboração, o aço verde do futuro pode vir a ser realidade.”
Para ver a íntegra do relatório “Como será a jornada para uma indústria do aço livre de combustíveis fósseis?”, acesse: https://new.abb.com/metals/what-does-the-journey-to-fossil-free-steel-look-like
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