Alvaro Antonio Navarrete Parraguez - 35 anos de ABB

Quem tem competência, compartilha conhecimento

O jovem chileno veio para o Brasil aos 21 anos, encarou desafios com positividade e confiança e traduziu em ações a palavra superação. Alvaro Antonio Navarrete Parraguez, Inspetor Técnico de Campo, há 35 anos na ABB, celebra as conquistas pessoais e profissionais que marcam sua história. 

                            Parraguez

No início de 1988, Alvaro chegou ao Brasil trazendo na bagagem a formação em Técnico Industrial em Eletromecânica pela Escola Industrial do Chile. Acompanhado por um amigo conterrâneo, aportou em Salvador, na Bahia, e enfrentou as dificuldades comuns aos imigrantes, como o idioma, a cultura e a situação irregular: “Eu imaginava que não seria fácil. Cheguei aqui com uma mão na frente e outra atrás”, recorda. Apesar das dificuldades, Alvaro não desistiu. “Eu queria conquistar uma situação melhor do que a que eu tinha no Chile e sabia que levaria tempo. Meu colega não teve paciência e, por isso, em três meses, voltou para casa.”

Sede de conhecimento 

Sozinho, Alvaro foi morar no interior da Bahia, começou a aprender português e encontrou trabalho. “Mesmo em situação irregular, comecei a fazer manutenção em bombas de água. Ganhei meu sustento, conheci pessoas e criei uma rede de contatos”. Vivendo há cerca de um ano no país, Alvaro viu a oportunidade de regularizar sua permanência com a primeira Anistia Imigratória concedida a estrangeiros no Brasil. “Consegui, mas faltava a experiência que as empresas queriam para me contratar”.
 
Apesar das dificuldades para se estabelecer profissionalmente, estar na Bahia naquela ocasião fez toda a diferença na vida de Alvaro. “Comecei a namorar a Uiara, uma mulher muito especial, que anos depois se tornaria minha esposa e permanece ao meu lado até hoje”, celebra Alvaro.
 
Foi o pai da então namorada quem abriria uma porta ao jovem. “Ele estava para se aposentar na Petrobras e me recomendou para um ex-estagiário que, naquela época, atuava no Polo Petroquímico de Camaçari pela Central de Manutenção (Ceman). Apesar da indicação, eu sabia que fazer valer a oportunidade dependia apenas de mim.” Alvaro começou na Ceman, em 1989, na área Comercial. “A colocação era boa, mas eu queria mais. Me esforcei e, um ano e meio depois, migrei para um dos contratos da empresa no Polo Petroquímico de Camaçari e comecei a desenvolver trabalhos na área de manutenção preventiva em subestações de baixa, média e alta tensões”, relembra. 

Em 1995, Alvaro casou-se com Uiara e, determinado a crescer na carreira, aproveitou as oportunidades de treinamento oferecidas pela Ceman. “Sempre fui muito curioso, com sede de conhecimento. Fui me interessando por outras áreas, incluindo a de Automação”. 

Dez anos se passaram, Alvaro estava estabelecido, com uma boa posição na Ceman, e já se falava que a ABB compraria a empresa. “Em 1999 vi a fusão entre ABB, Ceman e a Elsag Bailey acontecer. A ABB criou grupos para atuarem em áreas específicas e eu fui para o segmento de Automação”, explica. 

Experiência abrangente 

Em 2005, Alvaro viveria uma nova experiência. "Fui transferido para o Rio de Janeiro, acompanhado de minha esposa e filho, porque a ABB havia firmado um dos primeiros contratos com técnico residente na Refinaria da Petrobras em Duque de Caxias - Reduc. Assumir essa posição foi muito bom profissionalmente porque pude acompanhar 'do zero' a migração de sistemas operacionais e colocá-los em funcionamento". No segundo ano do contrato, apesar da satisfação do cliente com o trabalho realizado, Alvaro entendeu que era hora de retornar para Salvador.

Na ABB, Alvaro já atuou em navios, plataformas fixas e flutuantes e adquiriu conhecimento e experiência nas áreas de Papel e Celulose, Siderurgia, Metalurgia, Mineração, Química e Petroquímica, além de oportunidades internacionais e pelo Brasil. “Na ABB, tenho o privilégio de fazer o que gosto, de aprender, de me sentir desafiado. Gosto de encarar problemas porque a sensação de resolvê-los é muito boa”, conta. E acrescenta: “Sou calmo. Não sofro por antecipação porque é um gasto inútil de energia. Também não gosto de dizer ‘e se acontecer’, ‘e se for...’. Para mim não tem ‘e se’, ou as coisas são ou não são”. 

Alvaro conta que nem sente que está há 35 anos na ABB. “Estou sempre realizando atividades diferentes, em lugares diferentes e com pessoas diferentes. Como gosto do que faço, o tempo passa sem pesar, e como sou reconhecido, tenho motivação para continuar e fazer o melhor”. 

Para quem chega, Alvaro recomenda: “Começar pode ser difícil, já passei por isso. Então, estou sempre pronto para ensinar tudo que sei. Quem tem competência, compartilha conhecimento e se estabelece, não precisa guardar segredo.”
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