História boa tem lugar e hora para começar
Foi graças à insistência da cunhada que Dalva de Jesus Prates deixou o trabalho como doméstica para começar na GE. Mas foi por seu próprio esforço que ela transformou sua trajetória na empresa e sua vida. Hoje, como Operadora de Máquina de Solda a Ponto, ela comemora com orgulho e gratidão essa história de 30 anos. Vale muito conhecer como tudo começou:
“Em 1993, eu trabalhava como doméstica. Um dia, minha cunhada insistiu para que eu fosse com ela procurar emprego. No caminho, vimos uma fila e descobrimos que as pessoas aguardavam para preencher ficha para vagas na área de produção de uma empresa em Contagem. Eu não queria ficar naquela fila, mas minha cunhada insistiu, mais uma vez”, relembra Dalva, que não imaginava, mas estava no lugar certo, na hora certa. As duas jovens preencheram a ficha e voltaram para casa. “Mal deu tempo de eu chegar e ligaram pedindo para eu voltar e fazer alguns testes. Um mês depois, comecei na GE com um contrato de 60 dias, mas com 45 dias, fui efetivada como Montadora de Linha”.
Dalva acredita que sua dedicação, comprometimento e curiosidade foram fundamentais para que ela passasse pelas mudanças que aconteceram ao longo dos anos e seguisse evoluindo na empresa. “Nós trabalhávamos por ‘linhas’, mas a empresa mudou para o sistema de ‘células’, ou seja, se antes cada montador colocava uma peça que iria formar o disjuntor, com a mudança passamos a montar o disjuntor todo. Daí, ele seguia para a calibração e para a embalagem”, explica. Como sempre foi curiosa, Dalva fazia sua refeição mais rápido para ter tempo de ver como as outras células trabalhavam antes de retomar o serviço. “Acabei aprendendo também a calibrar e a embalar os disjuntores”.
Profissional polivalente e estudante dedicada
Ela recorda da época em que a empresa treinou funcionários para serem ‘polivalentes’. “Eram operadores que sabiam executar várias funções na produção da fábrica. Como eu já tinha bastante conhecimento, também fui treinada. Então, onde era necessário, eu atuava para suprir uma falta, um atraso. Depois de algum tempo, a GE suspendeu esse formato e voltei a trabalhar como Operadora de Linha na categoria B.”
Dalva é a prova de que as oportunidades se apresentam para quem está disposto a se dedicar e a se prepar. Para continuar crescendo como pessoa e na profissão, ela encontrou tempo entre as jornadas de trabalho na empresa e os cuidados com a casa e a família para retomar sua formação. “Quando eu comecei na GE eu tinha o Ensino Fundamental. Mas eu sabia que precisava mais, então eu decidi voltar a estudar. Cursei o Ensino Médio e, com o incentivo do meu marido e das minhas filhas, entrei na faculdade e me formei como Assistente Social no auge dos meus 47 anos!”
Satisfação garantida
E por falar nas filhas, Dalva se orgulha por elas se espelharem em sua história. “Além de dedicadas aos estudos, as duas sabem que uma vida profissional leva anos para se consolidar. Quando participaram de entrevistas de emprego e comentaram o tempo que a mãe trabalhava na mesma empresa, ouviram que esse é um bom exemplo, que é um sinal de estabilidade”.
Dalva atribui essa longa permanência na empresa à possibilidade de construir sua vida e amparar sua família. “Foi trabalhando aqui que comprei o terreno onde tenho minha casa, adquiri meu carro e pude oferecer condições para minhas duas filhas estudarem e terem suas profissões”, reconhece. “A empresa passou por muitas mudanças e por períodos de crise. Nem tudo foi tranquilo, mas superei com muita disponibilidade, mostrando que a empresa sempre poderia contar comigo”. Dalva ressalta também que o ambiente agradável que encontra todos os dias no trabalho é mais um motivador para permanecer na empresa. “No meu setor, interagimos o tempo todo, temos muito companheirismo e respeito. Levanto satisfeita para trabalhar e rever meus colegas”.
Para quem chegou há pouco na ABB, Dalva recomenda estudar e se manter atualizado para estar pronto para as oportunidades que a empresa oferece. “Estar aqui é uma chance que ninguém pode deixar escapar. É importante aprender tudo o que for possível e, principalmente, ter paciência, porque experiência e reconhecimento se conquistam com o tempo”.
Parabéns por sua história Dalva!