Reconhecimento que atravessa eras e empresas
Conheça a história de Everaldo Silva, que, mesmo atuando praticamente a carreira toda na GE, está sendo reconhecido pela ABB por 35 anos “de casa” em uma nova e acolhedora casa, que honra todo o talento e experiência cultivados nesse tempo
Em meados dos anos 1980, a área de Comércio Exterior ainda era incipiente. Isso quem está dizendo não somos nós, mas o homenageado da vez: Everaldo Silva, que completou 35 de casa em 2021, hoje é Business Controller na ABB, mas sua trajetória até aqui foi longa e bastante dinâmica. Tanto que, ao cursar Administração de Empresas com ênfase justamente na área citada, seu plano era, em conjunto com seus colegas de faculdade, montar uma empresa que surfasse essa onda e crescesse com um mercado em expansão. Este plano foi frustrado, como ele nos explica, da melhor maneira possível.
“Acabei entrando na General Electric justamente para atuar nesta área e este foi o meu ingresso neste universo industrial. Acabei perdendo contato com meus colegas e seguimos caminhos distintos. Isso foi em 1986”, relembra. Logo em seguida, ele passou por muitas áreas antes de chegar na atual: Fiscal, Contabilidade, Custos, Orçamentos e Gerência Comercial. Esse dinamismo acabou por ser a tônica de toda a sua carreira até aqui.
“Sempre fui muito curioso e, apesar de sempre orbitar o espectro financeiro em meu trabalho, isso nunca foi monótono: a cada 5 ou 6 anos eu fazia transições para áreas diferentes. Meus gestores notaram isso e, sempre que uma oportunidade surgia, eles me ofereciam – e eu ia atrás de obter os conhecimentos necessários para aproveitá-las, sempre com muito empenho”.
Evolução tecnológica e profissional
Algumas memórias do seu início na GE ficaram marcadas na memória de Everaldo, a ponto de causarem inevitáveis comparações com o momento que vivemos hoje em relação à tecnologia. “Foi uma evolução gritante. Quando entrei aqui, como estagiário, as ordens de importação que fazíamos eram via Telex. Passava uma tarde fazendo a gravação das ordens nas fitas, para depois serem transmitidas. Depois veio o FAX, que ficava na sala do presidente e tinha muita exclusividade para usar. Os relatórios de fechamento do mês eram pilhas e pilhas de documentos em caixas que chegavam de São Paulo de avião. Quando foi aprovado o orçamento para uma impressora que ia trazer esse processo para dentro de casa, na época, era o preço de um carro zero. Mas melhorou muito o trabalho, é claro”, relembra.
Hoje, a tecnologia avança cada vez mais rápido e Everaldo alerta para o fato de que não devemos nos debruçar nas facilidades que vêm com isso, mas adquirir conhecimento para saber lidar com elas cada vez melhor. “É preciso experiência para saber tomar decisões com base nessa infinidade de dados a que temos acesso hoje em dia”.
Bagagem que vale ouro
Na fábrica de Disjuntores da GE de Contagem (MG), onde Everaldo trabalha até hoje, ele é um dos funcionários mais antigos. E quando a ABB adquiriu a planta em 2018, após certa apreensão, ele entendeu que toda a bagagem acumulada em uma carreira tão dinâmica em Finanças seria reconhecida.
“Em 2017, soubemos que o segmento de Industrial Solutions da GE estava à venda e, caso não houvesse comprador, a planta de Contagem corria o risco de ser fechada. Mas quando vi que a ABB faria essa aquisição, fiquei muito mais tranquilo, sabendo que este era um processo que estava acontecendo no mundo todo. Eram mais de 30 plantas nos EUA, Europa, América Latina…”.
Com o passar do tempo, segundo Everaldo relata, a cultura da ABB foi se mostrando uma que preza, entre muitos valores, pelo reconhecimento de quem faz a diferença. “Estou na ABB para valer há apenas três anos e já me sinto em casa, integrado a todos os processos e jeito de trabalhar, de ver o mundo. Vi que tudo pelo que passei contou e muito, e que tenho minha história honrada aqui. A experiência que adquirimos com o tempo se torna um verdadeiro ativo para a empresa e fico muito feliz de receber da ABB este reconhecimento, que contabiliza até o tempo que tive como estagiário na GE. Isso é fenomenal. E é um prazer por fazer parte”, conclui.