Luiz Massaru Koreeda - 41 anos de ABB

Luiz Koreeda foi um dos pioneiros da ABB a trazer tecnologias para o Brasil que começaram a revolucionar nossa indústria – há 41 anos. Conheça e comemore conosco essa trajetória.

Uma bem-sucedida história de nacionalização da engenharia

Luiz Koreeda foi um dos pioneiros da ABB a trazer tecnologias para o Brasil que começaram a revolucionar nossa indústria – há 41 anos. Conheça e comemore conosco essa trajetória.

“Entrei na Asea por meio de um anúncio nos classificados de empregos, no jornal. Eu trabalhava na Mitsubishi, em Jundiaí (SP), e a vaga era para Guarulhos. Minha futura esposa morava lá, então, era um caminho que eu já fazia. Respondi o anúncio, fiz a entrevista e entrei para uma vaga na área de Transmissão, em Itaipu. Projeto bastante grande, do qual 50% seria fabricado na Suécia e 50% no Brasil. Assim começa Luiz Koreeda, Business Development Manager, a contar e celebrar uma história que começou há mais de quatro décadas. 

comemoração da venda do milésimo robô no Brasil2

Sobre Itaipu, ele chega a ser modesto ao mencionar a grandeza do projeto – a hidrelétrica foi uma empreitada colossal, que, à época, exigiu um empenho idem de equipes do mundo inteiro. Tudo era novidade, inclusive o uso da robótica, algo que já trazia um spoiler do que seria a ABB mais adiante. “Fui entrevistado por um gestor sueco que me contou haver robôs no trabalho da transmissão de energia, o que me deixou curioso e motivado. Tudo era novidade”.

Luiz conta que tanto a Asea quanto a Brown Boveri tinham participação em Itaipu. No seu caso, ele ficava com a parte da Asea, em HVDC – High Voltage Direct Current, a imensa transmissão de alta voltagem de energia elétrica que a usina representava. “Para a fabricação dos equipamentos, tivemos o primeiro robô industrial no Brasil (1981)”. Mas isso iria mudar. Após concluir o projeto em 1985, o colaborador passou a uma divisão de fornos que ainda existia à época e era bastante reconhecida, inclusive premiada internacionalmente.

A chegada dos robôs

Congresso AMS2“Após um ano, em 86, soube que iria ter início a divisão de robótica no Brasil. Isso passava pela Secretaria Especial de Informática (SEI), criada à época pelo governo brasileiro para investir em planos de nacionalização de cinco anos para tecnologias diversas, inclusive de robótica. Não seria mais permitida a importação, com o fechamento deste mercado. E era preciso fazer um acordo com empresas nacionais, no caso era a DFV, que fazia equipamento militar. Fui o primeiro a ir para essa recém-criada empresa e tive que começar nessa área do zero. No caso do SDCD (ASEA MASTER), foi com a Prólogo em Brasília.”

Ele explica que, primeiro, a tecnologia era importada e, posteriormente, uniam-se as partes importada e nacional; como última etapa, acontecia a nacionalização de fato, com os produtos sendo 100% feitos em território brasileiro. Apesar de Luiz dizer que este projeto não evoluiu, pois não havia volume de produção suficiente e os robôs passaram a ser 100% importados, como até hoje, esta foi a semente da introdução de sistemas robotizados no Brasil, que ele ajudou a plantar. Os resultados de todo esse empenho todos nós conhecemos hoje em dia.

Lançamento do controlador S4 em Milwaukee2

“Nos primeiros anos, incorporamos o SDCD, que estava com a Prólogo, formando a DFV Automação e Robótica. O mesmo processo de nacionalização ocorreu com a fábrica de cartões eletrônicos. Com a fusão da ASEA com a BBC e o término da Lei da Informática Robótica, fomos reintegrados, agora na ABB, como Robótica e PA. Depois, com a abertura de mercado, em 1992, isso mudou muito e conseguimos trazer novas tecnologias do exterior com muito mais velocidade. Foi aí que o desenvolvimento da indústria nacional passou, de verdade, a tomar forma em um movimento capitaneado inicialmente pelo segmento automotivo, passando em seguida para o segmento GI, indústria de consumo etc.”

A fusão e o nascimento da ABB

“A ABB conseguiu criar por aqui uma cultura que, apesar de significar ‘Asea Brown Boveri’, queria dizer algo completamente diferente e novo. Isso me impressionou muito. Tudo o que ASEA e a Brown Boveri, separadamente, faziam antes, ficou para trás. Quem estuda engenharia hoje e se dedica a olhar o que acontecia naquela época, tem a impressão de que toda aquela engenharia vinha ‘do nada’, que brotava. Porém, era a competência extrema da ABB que estava entrando em cena”, relata.

Hoje, segundo Luiz, a ABB é um vasto campo de oportunidades e diz ter sido testemunha ocular de como isso ganhou força ao longo dos anos. “Vejo pessoas que, anos atrás, começaram como estagiários, em determinadas áreas e hoje fazem a gestão de negócios inteiros. Esses colegas se desenvolveram rapidamente, sem contar com as pessoas que foram trabalhar em diversas partes do mundo. Isso é muito motivador”.

O gerente conta que esses 41 anos representam muito mais que um ofício a cumprir: representam a evolução de sua própria vida. “A ABB faz parte da minha história. Formei a minha família, desenvolvi meus talentos e habilidades, conheci outras família, fiz amizades e, quando fazíamos eventos de integração com as famílias, já cheguei a trazer meus netos para conhecer a ABB. É tudo muito próximo, muito interligado para mim, vida e trabalho, e uma trajetória da qual me orgulho muito”, finaliza.

1ro robo vendido no Brasil-GM2

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