O futuro a Deus pertence
O Operador de Máquina de Solda, Marcelo Sebastião de Campos, comemora 30 anos de empresa e não esconde a satisfação e o orgulho pela trajetória que seguiu. Vencendo a timidez, hoje aposta no diálogo e no entendimento, e celebra o respeito que vivencia na ABB.
Marcelo pediu dispensa do seu primeiro emprego como Ajudante de Expedição em uma empresa no ramo de alimentos porque queria se casar e buscava melhores condições para começar uma nova vida, uma família.
Aos 23 anos, ao lado da futura esposa, a jornada para entregar currículos em busca de uma melhor colocação nas empresas da região de Contagem (MG) deu um bom resultado e levou Marcelo até mais de uma oportunidade de emprego. “Fui aprovado em duas vagas!”, relembra.
Em um primeiro momento, Marcelo teve dúvida sobre qual opção escolher. “Fiquei indeciso sobre as duas contratantes porque em uma empresa eu seria efetivado ‘logo de cara’ e na outra, que era a GE, eu entraria para cumprir um contrato por tempo determinado, podendo ser efetivado ou dispensado ao final. A primeira opção parecia a mais certa, com futuro garantido, né?” Após considerar as propostas, veio a decisão. “Aceitei a vaga menos provável. Apesar dessa condição incerta de trabalhar por contrato, hoje eu digo que fiz a escolha certa. Além da outra empresa falir alguns anos depois, na GE eu cumpri o contrato de três meses e, uma semana depois do término, fui chamado para retornar como efetivo. Assim comecei minha história na empresa como Operador de Máquina de Solda, e lá se vão 30 anos nessa função.”
Amadurecimento
Do início de sua história na empresa, Marcelo guarda lembranças que fazem parte de seu desenvolvimento e, principalmente, de seu amadurecimento pessoal. “Quando eu comecei, eu era muito tímido e inseguro, por isso levei muito tempo para aprender a lidar com as pessoas que pensam e agem diferente de mim ou do que eu acredito.”
Determinado a seguir sua jornada na empresa, ele não desanimou diante de contratempos e dificuldades e, com o tempo, viu tudo tomar seu devido lugar.
“Cheguei a ser dispensado depois de 18 anos de dedicação. Fiquei arrasado. Mas Deus, a quem devo tudo, nunca me desamparou e fui recontratado um mês e quinze dias depois”, conta Marcelo. E acrescenta: “As coisas acabaram mudando muito quando passamos a ser ABB. Hoje é possível participar de uma negociação tranquila com a empresa. Existe diálogo e entendimento para os dois lados entrarem em acordo. Podemos colocar os assuntos na mesa sem receios. Eu sou respeitado apesar de minha franqueza, e reconhecem meu trabalho e dedicação”.
Satisfação e orgulho
Para quem chega para trabalhar na sua área, Marcelo dá dicas que considera fundamentais para uma boa jornada na empresa: “Quando um novato pede um conselho ou vejo que eu posso ajudar, eu digo que ele não pode atrasar ou faltar sem um bom motivo. Falo que para progredir é preciso se dedicar, ser honesto, fazer o trabalho da melhor forma possível, mostrar que a empresa pode contar com você. Resumindo, temos que ser trabalhadores exemplares.”
Marcelo não esconde a satisfação pela trajetória que trilhou e o orgulho por fazer parte da história da empresa. “Amo trabalhar na ABB. É muito bom ver como a empresa é hoje e que eu ajudei de alguma forma. Valeu minha dedicação. Sou muito grato à empresa pelas minhas conquistas, como casa própria e carro.”
Sobre o futuro ao lado da esposa e dos filhos, hoje com 26 e 16 anos, Marcelo ainda traça planos e pondera as opções. “Falta pouco para me aposentar e sair com a cabeça erguida. Se tudo der certo, posso trabalhar com meu irmão ou, quem sabe, aceitar um convite que recebi do sindicato para um cargo de confiança. O futuro a Deus pertence.”