Uma história com começo, meio e... muitos capítulos felizes
A Operadora de Máquina, Maria Aparecida da Silva, comemora 30 anos de empresa e ainda quer escrever muitos capítulos nessa história. Do início na GE até os dias de hoje na ABB, fica a certeza de que a vida reservou inúmeros aprendizados, conquistas e satisfações.
Aos 25 anos, trabalhar em uma empresa era novidade para Maria Aparecida. “Antes eu trabalhava em ‘casa de família’ e conseguia uma renda extra como revendedora de produtos de beleza, desses oferecidos em catálogos”, relembra. “A oportunidade de ter um emprego fixo foi maravilhosa e eu abracei com toda minha força de vontade”.
O começo dessa história tem a mão do irmão de Maria Aparecida. Ele ouviu um anúncio no rádio sobre oportunidades de emprego em uma empresa multinacional instalada em Contagem. “Ele me contou e eu fui até a agência que estava recebendo as inscrições. Preenchi uma ficha para serviços gerais. Eu estava disposta a trabalhar em qualquer função porque queria ajudar meus pais”.
Maria Aparecida aguardou na agência e, por pouco, não viu sua oportunidade passar: “Aconteceu uma confusão durante a chamada dos candidatos e quase ‘fiquei de fora’ da seleção. Mais tarde, disseram que tinham chamado meu nome, mas eu não ouvi. Por sorte, acabaram percebendo o erro, eu fui encaminhada para fazer os testes e tudo acabou dando certo”. Aprovada, Maria Aparecida começou a escrever sua história na empresa em 1993 e segue até hoje vivendo com dedicação cada capítulo.
Mudança de vida
A primeira função de Maria Aparecida foi como Montadora de Linha. Com o passar dos anos, por ser muito curiosa e disposta a aprender, ela teve oportunidade de desempenhar outras atividades. “Passei por várias funções e hoje sou Operadora de Máquina. Me sinto bem na empresa e sou grata pela chance de conhecer outras atividades”, conta entusiasmada.
Mas não foi só o trabalho que ofereceu novos caminhos nessas três décadas de história. A vida de Maria Aparecida também mudou. Ela se divorciou e deixou Contagem para morar em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte. “Levo quase meia hora de ônibus para chegar à empresa. Isso não é problema, porque vou encontrar meus colegas, que acabaram se tornando um pouco da família, e fazer o que gosto. Exerço minha função com satisfação”.
Maria Aparecida não imaginava que o anúncio de emprego no rádio rendereia tantos anos em uma mesma empresa. “Isso nem me passava pela cabeça, mas foi o melhor que poderia ter acontecido”.
Final feliz
Toda história tem passagens felizes e outras nem tanto. Com Maria Aparecida não é diferente. “Faz mais ou menos um ano que retornei para a empresa após um período de afastamento por motivo de saúde. Não foi fácil, mas hoje estou bem”, comemora. No tempo que ficou em recuperação, foi o artesanato que ocupou esse capítulo na vida de Maria Aparecida. “Criar peças em crochê, tricô e bordado me fez muito bem, foi minha terapia”. Desde então, nas horas livres, ela se dedica a esses trabalhos manuais, mas avisa: “Não chega a ser uma segunda fonte de renda porque não posso aceitar muitas encomendas, já que não sobra muito tempo para conciliar o trabalho na empresa e os afazeres da casa. O artesanato é para minha satisfação pessoal”.
Maria Aparecida pensa em seguir trabalhando por bastante tempo ainda. “Enquanto tiver saúde, eu gostaria de continuar minha história na empresa, onde está uma parte muito importante da minha vida”.
Referindo-se ao artesanato e ao trabalho na ABB, Maria Aparecida é categórica: “É muito bom saber o que sou capaz de fazer. Aumenta a autoestima e me estimula a aprender sempre mais. Espero que minha filha, hoje com 15 anos, me veja como exemplo para ela ser independente, ter uma profissão e fazer o que gosta”.
Essa já é uma história com final feliz, Maria Aparecida!