Sabedoria para alcançar a linha de chegada
Esta história começa com Paulo César dos Santos estagiando na área de Controle de Qualidade da GE. O contrato, acordado para o período de um ano, foi encerrado antes mesmo da metade desse tempo. Em apenas quatro meses, o que era uma possibilidade para um jovem em início de carreira se tornaria, 35 anos depois, a certeza de sua realização profissional.
Após um estágio ‘meteórico’ na área de Controle de Qualidade da GE, Paulo César foi efetivado, em 1988, no setor de Inspeção Final. Depois, quando foi para o Recebimento de Materiais, vivenciou mudanças importantes na empresa. “A responsabilidade pela qualidade de cada etapa do processo passou a ser dos operadores e nós, do Controle de Qualidade, nos tornamos área de suporte. Dei apoio às áreas de Estamparia, Solda, Moldagem e Montagem”, relembra Paulo César, que também atuou na parte de metrologia. “Atualmente, como Técnico do Controle de Qualidade, dou suporte ao Recebimento, às áreas de fabricação e à Montagem”.
As transformações que Paulo César acompanhou nesses 35 anos não pararam por aí. “A empresa evoluiu demais, tudo foi mudando para melhor. Só para dar dois exemplos em Segurança do Trabalho, houve uma redução significativa de acidentes e no ruído das prensas da estamparia quando foram enclausuradas. Além disso, as mudanças tiveram reflexo positivo na gestão. Temos liberdade para discutir nosso trabalho e nossas ideias e temos muita autonomia para tomar decisões”, ressalta Paulo César.
Referência, com humildade
Quando a aquisição da GE pela ABB começou a ser comentada, Paulo César ficou apreensivo. “Este foi meu primeiro emprego, fui construindo minha carreira e minha vida na empresa e, como a maioria dos funcionários nessa época, tinha receio da fábrica fechar,” conta. Mas, por meio de um contato, ele conseguiu se tranquilizar para aguardar os acontecimentos. “Uma amiga, que nessa época já havia saído da GE e trabalhava em outra empresa ligada à ABB, disse que a mudança seria para melhor. Foi exatamente o que aconteceu. O que era bom na GE ficou ainda melhor na ABB!”
Com tantos anos na empresa e por ter vivenciado tantas transformações, Paulo César reuniu conhecimento e experiência suficientes para se tornar referência e tem prazer em compartilhar o que aprendeu. “Às vezes me pedem uma orientação. É muito bom poder cooperar com as outras pessoas. Não sei tudo sobre todas as coisas, mas se eu tiver como ajudar, pode contar comigo”.
Esporte como parte da vida pessoal e profissional
Paulo César sempre gostou de correr. Em 1994, ele e um amigo começaram a participar por conta própria da tradicional Volta Internacional da Pampulha. “O esporte faz parte de minha vida e até me levou a ser diretor do Grêmio Esportivo da empresa. Chegamos a receber apoio institucional e formar uma equipe de corrida com os funcionários”, relembra.
Por meio do esporte, Paulo César fez muitas amizades na empresa. “Algumas serão ‘para sempre’. Tenho amigos que até já se aposentaram, mas ainda mantemos contato. Passamos muito tempo no trabalho e os laços se formam, alguns são tão fortes que não se desfazem. Essa é uma parte muito bacana na minha vida”.
Paulo César conta que colegas de trabalho e amigos pessoais perguntam como é permanecer tantos anos na mesma empresa. “Isso não é muito comum nos dias atuais. As pessoas, em geral os mais jovens, permanecem menos tempo em um emprego só. Eu digo que ter seguido nessa longa jornada foi e está sendo muito bom para mim. Tenho planos de continuar por mais alguns anos e de aproveitar o que a vida proporciona, já que eu e minha família temos saúde e disposição”.
Para quem começa hoje na ABB, Paulo César dá a dica: “Ser comprometido, cooperar e respeitar outras opiniões. Também acredito que as pessoas deveriam se preocupar menos com a imagem e mais com o que realizam. É pelo o que fazemos que vale a pena ser reconhecido. E a empresa vai reconhecer. Tudo é uma questão de saber esperar”.
Certo, Paulo César. É preciso sabedoria para alcançar a linha de chegada!