Indústrias do mundo inteiro enfrentam um grande desafio de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Líderes de vários países são signatários do compromisso de eliminar suas emissões de gases nocivos ao meio ambiente até 2050. A meta, ambiciosa, se tornou urgente, já que neutralizar as emissões é um dos poucos recursos que a humanidade tem para frear o aquecimento global.
Além disso, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera vem batendo recordes históricos.O relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado recentemente mostra que as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, ultrapassaram em 50% os valores pré-industriais.
Muito se fala, e com razão, dos investimentos em energias renováveis. De fato, é necessário ampliar a matriz energética de fontes renováveis tanto no Brasil, que já tem renomada vocação para isso, quanto no mundo. Além desse aspecto crucial para o sucesso da neutralidade de emissões de carbono, há que se prestar atenção também nos processos produtivos das indústrias em geral. Isso porque o setor de energia e indústrias são responsáveis por 60% das emissões de gases nocivos, segundo relatório da Agência Internacional de Energia.
Um dos pontos de atenção é o que fazer com o carbono que é emitido em operações industriais. O mesmo relatório da AIE indica que até 2045, bem perto do prazo para cumprir a meta global, novas tecnologias inclusive para a captura de carbono já estarão disseminadas por todo o mundo.
A resposta da ABB para acelerar a captura de carbono
Até lá há um longo caminho de aprendizado e é exatamente isso que busca a ABB em parceria com a Pace CCS, que é líder global em soluções para captura de carbono. As duas empresas colocaram em ação um plano para desenvolver e oferecer uma solução capaz de reduzir o custo de integração da captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) em operações industriais novas e existentes
Como tudo que envolve produção industrial, a questão dos custos é imperiosa para empresas na adoção de novas tecnologias. Por isso, a ABB e a Pace estão propondo trabalhar o sequestro e armazenamento de carbono por meio de gêmeos digitais, tecnologia que fornece uma réplica virtual de um processo ou instalação física real.
A partir dessas simulações com gêmeos digitais, operadores e gestores de indústrias podem fazer uma transição suave, e sem perdas financeiras significativas, para a atividade de capturar e armazenar carbono.
Como funciona a captura de carbono
Do inglês Carbon Capture and Storage, a sigla CCS corresponde ao trabalho de captura e armazenamento de emissões de dióxido de carbono (CO2). Neste processo está incluso o transporte de onde essas emissões foram produzidas, por navio ou tubulação, até o local onde serão armazenadas, em geral no subsolo.
É importante praticar a captura e armazenamento de carbono uma vez que somente a CCS poderia ser responsável por reduzir as emissões do setor industrial em 45%, de acordo com projeções da consultoria McKinsey & Company.
Expertise da ABB e da Pace
Juntas, as duas empresas aplicarão seus respectivos conhecimentos para tornar mais fácil para as empresas industriais a implementação da infraestrutura de CCS, reduzindo o CAPEX e o investimento operacional necessário para entrar neste mercado.
A Pace CCS é líder mundial no fornecimento de engenharia para prática industrial de CCS e produção de hidrogênio azul. A empresa já acumula dezenas de projetos de CCS no mundo.
Líder em automação, eletrificação e digitalização para processos e indústrias híbridas, a ABB vem desenvolvendo ao longo das décadas um amplo portfólio de produtos que incluem os sistemas de controle distribuído (DCS) número 1 do mercado, softwares e sistemas de instrumentação e analítica