A Antártida, um dos ecossistemas mais difíceis e delicados do mundo, é uma plataforma global para a pesquisa ecológica e ambiental. Semelhante a um hot-spot para medição e compreensão dos impactos das alterações climáticas globais, a pesquisa conduzida aqui é essencial para um melhor entendimento do futuro do nosso planeta.
Devido à natureza delicada deste ecossistema, há uma necessidade crítica para evitar qualquer impacto ambiental. Todas as bases da pesquisa estão vinculadas por acordos e tratados pertinentes a este continente gelado, com programas de monitorização contínua para avaliação do impacto da atividade lá.
Tal como muitas outras nações, o Uruguai mantém uma base na Antártida há mais de 50 anos. A Artigas, tal como outras bases da Antártida, tem sido alimentada tradicionalmente por geradores a gasóleo, um legado do desenvolvimento das bases no início de 1980, quando as fontes de energia renováveis estavam ainda numa fase inicial. Aparte do impacto ambiental, a logística envolvida com a aquisição, transporte e armazenamento do gasóleo nessas condições difíceis torna a utilização de combustíveis fósseis numa solução ineficiente, perigosa e dispendiosa.
O governo do Uruguai tem sido um forte defensor da integração das energias renováveis, com 97% da eletricidade do país a ser agora proveniente de fontes renováveis, incluindo hidroelétricas, vento e biomassa, seguindo um programa de 10 anos para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Com esse compromisso para integração da energia renovável, o governo reconheceu uma oportunidade para implementar uma alteração semelhante na Antártida, de modo a garantir a sustentabilidade da base Artigas e a pesquisa vital aí executada.
O governo voltou-se para a Novasol Ingenieria, o maior instalador de soluções fotovoltaicas do Uruguai, tendo em vista o fornecimento de uma instalação solar experimental concebida para resistir aos terríveis desafios ambientais da Antártida.
A equipa do projeto enfrentou vários desafios, incluindo ventos até 200 km/h, temperaturas polares e uma variação extrema nas horas da luz solar, até 16 horas no verão e apenas 2 horas no inverno. Uma outra complicação era a curta janela de tempo para a execução da instalação antes da estação do ano se alterar e a escuridão do inverno chegasse.
A Novasol decidiu contar com a ABB para ajudar nestas circunstâncias particularmente complicadas. A solução fornecida pela ABB incluiu o seguinte:
- 1 inversor UNO-DM-1.2-TL-PLUS-SB (1,2kW a 230VAC 1ph)
- 1 registador de dados VSN700-03
- 1 placa de comunicações UNO-DM-COM KIT
- 1 estação meteorológica VSN800-14
- 1 CB principal da central
- 1 RCD
- Conectores MC4-Evo2
A Novasol e a ABB trabalharam em conjunto para recriarem o ambiente hostil da Antártida num laboratório de testes rigorosos, para terem a certeza que tudo funcionava nas condições difíceis do campo. As capacidades flexíveis de ligar e utilizar do inversor UNO-DM-PLUS acoplado com a capacidade de monitorização remota significou que a Novasol não só concluiu a instalação de 1,2kW no prazo de 3 dias, como também conseguiu monitorizar remotamente o desempenho da instalação, recolhendo dados dos padrões meteorológicos que melhor informarão as instalações de grande escala no futuro.
A Plataforma de gestão de fábricas Aurora Vision da ABB está a ser utilizada para a monitorização remota. A garantia de uma ligação de Internet fiável constituiu um desafio adicional para esta instalação, mas foi efetuada com sucesso graças a duas ligações de satélite.
A assistência e os testes conduzidos com a ABB nas condições de teste, combinados com o suporte logístico local e internacional significou que a Novasol teve toda a confiança que o projeto seria fornecido com sucesso e dentro do prazo previsto.
"Sabíamos que se ocorresse um problema, teríamos o suporte adequada da ABB para o resolver." Diego Oroño, gestor de projetos, NOVASOL.
As indicações iniciais do projeto piloto foram muito encorajadoras e o passo seguinte é a instalação de uma central de 100kW em 2019, à medida que o Uruguai avança para gerar 45% das suas necessidades de energia da Antártida através de fontes renováveis a curto prazo e 100% a longo prazo. Apesar de ser apenas o primeiro passo, o resultado constitui um testamento para a forte parceria desenvolvida entre a Novasol e a ABB, com a Novasol a poder-se comprometer com projetos ainda mais desafiantes no futuro.
Rear Admiral Nuñez, Presidente do Instituto Antarctico Uruguayo, comentou: "A pré-configuração do sistema no ambiente de teste tornou o trabalho de instalação na Antártida realmente fácil."
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A ABB (ABBN: SIX Swiss Ex) é um líder tecnológico pioneiro em produtos de eletrificação, robótica e movimento, automação industrial e redes energéticas, com clientes em todo o mundo nas áreas de serviços públicos, indústria, transportes e infraestruturas. Continuando uma história de inovação com mais de 130 anos, a ABB está a escrever atualmente o futuro da digitalização industrial com duas propostas de valor claras: levar a eletricidade das centrais elétricas até às indústrias de ligação e automação desde os recursos naturais até aos produtos acabados. Como parceiro mais importante da Fórmula E, a classe internacional de desportos motorizados totalmente elétricos da FIA, a ABB está a empurrar os limites da mobilidade elétrica para contribuir para um futuro sustentável. A ABB opera em mais de 100 países com cerca de 135.000 trabalhadores. www.abb.com
