Em julho de 2020, o Brasil deu o primeiro passo para oferecer uma experiência 5G para os consumidores por meio da tecnologia 5G DSS, que utiliza parte da frequência e da infraestrutura que já existia do 4G. Segundo Vinicius Fiori, Customer Marketing da Ericsson, esse início da rede 5G no Brasil significa que estamos cerca de dois anos atrás dos países precursores. “No lançamento do 4G, o Brasil começou quatro ou cinco anos depois, ou seja, não estamos muito atrás no 5G. Porém, se aumentarmos a defasagem em relação a outros países, vamos ficar para trás no quesito inovação. Além disso, o 5G será instrumento importante para a retomada econômica no mundo pós-pandemia”, disse, em entrevista ao Radar Tech, podcast da ABB.
"Hoje, se qualquer cliente da ABB quiser fazer uma implementação em uma rede 5G é possível desde que seja feito como um piloto porque a Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] precisa realizar o leilão dessa faixa de frequência”, detalha Haddad. A partir do momento em que a Anatel abrir licitação e as operadoras comprarem o espectro, a tecnologia de rede estará disponível para todo mundo.
No começo do ano, o leilão estava previsto para acontecer no segundo semestre, mas não ocorreu por conta da pandemia. A nova previsão é o começo do ano que vem.
Mas, como qualquer mudança significativa na indústria e nos demais setores, há sempre algumas dúvidas sobre como isso vai funcionar. Afinal, essa nova rede vai alterar bastante a vida dos brasileiros.
Entre as principais preocupações está a segurança desses dados e das informações trocadas. Afinal, com todo mundo conectado é preciso ter cautela para evitar ataques e vazamentos. Além disso, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor, é necessário todo um ajuste legal para se adequar à nova regulamentação. Raphael Haddad, Líder para Digital em Indústrias de Processo da ABB explica como funciona essa situação. “A ABB lançou no mercado, em 2017, o que chamamos de ABB’s Data Manifesto. Tem tudo sobre o que pensamos sobre a segurança dos dados, que são do cliente. Se ele chegar para nós e avisar que não trabalhamos mais juntos, ele tem o direito de ter essas informações apagadas”, explica.
Em alguns lugares da Europa e da Ásia, o 5G já vem sendo utilizado. Com essa digitalização na indústria, a expectativa, somente na Europa, é que sejam economizados € 360 milhões com as mudanças de comportamento e redução de custos com manutenção.
Além dessa já citada economia, o 5G vai facilitar muito o dia a dia. Atividades que se tornaram comuns durante a pandemia, podem se tornar hábitos, como o aumento pela procura da telemedicina, EAD e os mais diversos tipos de serviços remotos serão mais comuns e devem se consolidar.
Todos esses benefícios vão chegar com o 5G. Dessa forma, o trabalho da ABB é contribuir com a expansão dessa rede móvel e facilitar para que todo o potencial dessa tecnologia seja explorado dentro dos novos meios de produção, o vetor para o aumento da produtividade, eficiência e qualidade nos resultados.